Ishida estava lutando contra Yammi no andar abaixo onde Ichigo ainda lutava contra Ulquiorra. Eles trocavam golpes quando Ulquiorra empurrou Ichigo com sua espada fazendo o Shinigami cair de costas no chão.
“É por causa dela?” perguntou o espada “ É por causa dessa mulher que você não usa aquela mascara?” continuou enquanto olhava para Ichigo.
Ele olhou para o espada, e não respondeu. È claro que era por causa dela. Se ele usasse a mascara, o Shun Shun Rikka dela poderia não agüentar sua reatsu. E ele sabia, ela tinha medo da mascara. Tinha medo do olhar preto e amarelo dos olhos dele quando estava com aquela mascara.
O espada ainda olhava para ele. O Shinigami não respondeu. Para Ulquiorra, isso significava um ‘sim’. Ele somente fechou os olhos.
“Se é isso então” o espada usou o sonido, movendo-se, ficando na frente de Inoue.
Nem ela nem Ichigo tiveram tempo de reagir. Ulquiorra fincou a Zanpaktou entre os pulmões, abaixo dos seios. Ichigo se virou para poder ver o que tinha acontecido. O espada tirou a espada dela, cheia de sangue. Um som engasgado saiu da boca da garota, que caiu no chão, quase sem vida. Seu ferimento jorrava sangue, e seus olhos estavam abertos. Ulquiorra havia voltado para o lugar que estava antes de atacá-la.
De repente, dois guardas Arrankars aparecem, um de cada lado do Quarto Espada. Ele nem se moveu, sabia por que os guardas estavam ali. Iriam leva-lo dali para executá-lo.
“As ordens de Aizem-sama foram para proteger o palácio Las Noches, você não tinha recebido a ordem de matar aquela mulher” disse o primeiro guarda.
“Por isso, temos a ordem de levá-lo ao buraco mais fundo deste palácio para executá-lo” disse o outro “ Por favor, não resista”.
“Eu sabia das minhas ordens, por isso não vou resistir” disse Ulquiorra, fechando os olhos. Logo os dois guardas o levaram, usando o sonido.
Ichigo estava olhando os guardas levando o espada. Logo depois deles terem saído se levantou e correu para o corpo imóvel de Inoue.
Ele se ajoelhou e puxou seu corpo dela, apoiando a cabeça no braço, enquanto a outra mão repousava sobre o ferimento, na falsa esperança de parar o sangramento. Ela respirava com dificuldade, mas ainda estava viva, o que já acalmava o nervoso Ichigo.
“K-Kuro...saki...kun?” ela disse, com a voz engasgada.
“Sou eu, não se preocupe” disse o rapaz, olhando nos olhos dela, aqueles olhos cinzentos, que ele achava os mais lindos do mundo. “Me desculpe, Inoue” e começou “Me desculpe por ser tão fraco e não... não ter conseguido te proteger, eu... eu sinto muito mesmo... por minha culpa você...” Ele parou. Não iria conseguir falar mais.
Ela, com muito esforço, esticou a mão esquerda e apoiou no rosto dele. Ele se surpreendeu, e colocou sua mão por cima da dela. Foi ai que ele percebeu que não estava mais com a mão encima do ferimento de Inoue, pois ela tinha passado sua mão por baixo da dele.
“Não peça desculpas, Kurosaki-kun. Você não tem culpa de nada.” Disse ela,com um fraco sorriso. Ele só se sentiu mais culpado, por causa dele, ela estava quase morrendo.
De repente ele sentiu o corpo dela ficar frio e sem vida. A mão dela, que ainda estava em seu rosto, escorregou por sua mão, caindo ao lado do corpo.E seu belo cabelo, longo e alaranjado, perdeu o brilho, transformando-se em um castanho médio. Ela estava morta. Ele sentiu as lagrimas escorrendo pelo rosto, e viu quando caíram no pálido e gelado rosto de Inoue Orihime, a garota que ele amava. Ele abaixou a cabeça, encostando sua testa na dela. Sua pele estava gelada, mas ele não se importou. Não se importou com mais nada, pois agora ele perdeu seu coração, que morreu junto com sua amada princesa, sua Hime.
Levantando um pouco a cabeça, para olhar de perto aquele rosto, ela tinha fechado os olhosantes de dar seu ultimo suspiro. Ele achou melhor assim, se olhos fechados. Fechou seus olhos também e beijou-a nos lábios. Ele puxou a cabeça dela para mais perto, apertando ainda mais seus lábios contra o dela.
Então, ele teve uma sensação entranha, sentiu a reatsu dela voltar, e o corpo que ele segurava ficar mais quente. Levantou a cabeça e olhou para a ferida, surpreso viu que estava se curando lentamente, e o sangue começando a sumir. Ele ainda a segurava quando viu sua pele tornar o tom de sempre, e seu cabelo voltar a belíssima cor de antes.
Ela abriu os olhos, meio confusa, mexeu a cabeça, olhando em volta, depois voltando o olhar para Ichigo.
“Mas,... como?” ela perguntou, pois tinha certeza de que tinha morrido.
“Eu não sei” disse ele, num murmúrio, e meio sorrindo “ Mas, eu não me em porto, só quero te você de volta nos meus braços”
Ela deu um pequeno sorriso, se inclinou em sua direção, abraçou seu pescoço e o beijou. Ele fechou os olhos e retribuiu o beijo, desta vez, quente e com vida.
Desta vez ele jurou de todo o coração, nunca mais iria fazê-la sofrer, iria protegê-la, nem que custasse a própria vida.
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